Katherine Johnson, uma das pioneiras na NASA, ganha nome em unidade da agência espacial
A NASA mudou o nome de uma unidade em Fairmont, Virgínia Ocidental
para “Unidade de Verificação e Validação Independente Katherine Johnson”
em homenagem a uma matemática aposentada da agência espacial.
Johnson, nascida na Virgínia Ocidental, realizou cálculos matemáticos
cruciais para a corrida espacial, incluindo cálculos de trajetórias
orbitais para os primeiros voos espaciais tripulados, para o módulo
lunar e ônibus espaciais. Ela foi representada no filme Estrelas Além do Tempo, de 2016.
“É uma honra
que a principal instalação do Programa IV&V (Unidade de Verificação e
Validação Independente, na sigla em inglês) da NASA carregue o nome de
Katherine Johnson”, disse o diretor, Gregory Blaney, em um comunicado à
imprensa. “É uma maneira de reconhecermos a carreira e as contribuições
de Katherine não apenas durante o Mês da História Negra, mas todos os
dias, todos os anos”.
Katherine Johnson em 2016. Foto: NASA/David C. Bowman
Johnson nasceu em 1918, começou a faculdade no Estado de Virgínia
Ocidental aos 14 anos e em 1952 começou a trabalhar no Comitê Consultivo
Nacional para Aeronáutica (NACA), que posteriormente se tornou a NASA.
A NACA contratava mulheres negras como computadores humanos já na
década de 1940, embora trabalhassem em uma área segregada do Langley
Research Center, de acordo com um trecho do livro Broad Band, de Claire Evans.
Johnson
era membro importante da agência espacial, e a NASA usou seus cálculos
para enviar astronautas para a órbita e depois para a Lua.
O livro e o
filme adaptado Estrelas Além do Tempo detalha a história de Johnson e outras matemáticas, incluindo Dorothy Vaughan e Mary Jackson.
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As mulheres já realizaram a maior parte do trabalho de programação,
já que a atividade era considerada um “trabalho repetitivo e
automático”, conforme aponta a matéria de 2016 de Rhaina Cohen na revista Atlantic.
As mudanças nas práticas de contratação nos anos 1950 e 1960, como a
introdução de testes de personalidade, fizeram com que esses cargos cada
vez mais fossem ocupados por homens.
As mulheres, especialmente as negras, ainda enfrentam abusos e são
subrepresentadas nas ciências – elas ainda são “figuras ocultas”. Um estudo
da National Science Foundation descobriu que 22.172 homens brancos
receberam títulos de PhDs em física entre 1973 e 2012, enquanto apenas
66
mulheres negras o fizeram nos EUA.
As mulheres continuam a enfrentar discriminação e assédio sexual no meio científico, além de sofrerem retaliações por relatarem os problemas que enfrentam.
Em
outras palavras, representação e visibilidade são importantes. Mas há
muito mais trabalho a se fazer até que a ciência se desligue de seu
passado racista e sexista.
As unidades IV&V como essa que foi nomeada em homenagem de Katherine Johnson foram criadas depois do desastre do ônibus espacial Challenger para assegurar que o software de missões de alto nível e de missões críticas estejam de acordo com certas exigências.
Esta é a segunda instalação
nomeada em homenagem a Johnson. A primeira foi Instalação de Pesquisa
Computacional Katherine Johnson no Centro de Pesquisa Langley da NASA em
Hampton, Virgínia.
Fonte: Gizmodo
Um jeito diferente de ensinar e aprender.
Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Contador, Bacharel em Direito, Pedagogo e Mestrando em Educação. Editor do blog Valor X Matemática News, e escreve sobre: Educação Matemática, Didática e TICs na Educação. E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com 🖼Instagram: @valdivinosousaoficial 🔯Veja Biografia